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Nova âncora fiscal precisará de regra que controle gastos do governo, diz secretário

Nova âncora fiscal
Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, diz que novo arcabouço fiscal precisará de regra que controle gastos do governo. (Foto: Edu Andrade/Ministério da Fazenda)

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O novo arcabouço fiscal que estabelece uma âncora para substituir o teto de gastos, a ser anunciado em abril pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, precisa ter uma regra que controle o crescimento das despesas seguindo uma alta “saudável” de receitas. A necessidade deste instrumento é citada por Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo publicada nesta quinta (9).

De acordo com ele, as discussões na pasta ainda estão em andamento e as definições técnicas do novo arcabouço devem avançar ao longo do mês de fevereiro. Ceron explica que o atual teto de gastos é impossível de ser cumprido por conta do crescimento das despesas – e, por isso, a necessidade de uma regra de controle dos gastos.

“O teto congela as despesas; para mudá-lo, teria de ser algo acima disso (um crescimento real, acima da inflação). Esse crescimento tem de estar ancorado numa alta saudável de receitas, que tem a ver com o crescimento econômico”, diz.

Para o secretário do Tesouro Nacional, a discussão é “fazer uma regra factível, mas sem descontrole”, em que a despesa acompanhe a receita e não gere um superendividamento futuro. “O principal olhar é para a despesa, e que tenhamos um patamar de receitas sustentável”, afirma.

Ainda na entrevista, Rogério Ceron se diz otimista com o pacote fiscal apresentado por Haddad e que é possível conseguir reduzir o déficit a menos de 1% do PIB – cerca de R$ 100 bilhões. “Acredito que vamos superar as expectativas sobre o pacote. No que depender do Tesouro, vamos surpreender positivamente”, completou.

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