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O Ministério de Minas e Energia lançou nesta quarta-feira (6) o Plano Decenal de Expansão de Energia 2031. O PDE indica as perspectivas da expansão do setor de energia no horizonte de dez anos, entre 2022 e 2031. Elaborado pelo ministério com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o PDE estima a necessidade de investimentos da ordem de R$ 3,2 trilhões na próxima década de modo a equilibrar as projeções de crescimento econômico e a expansão da oferta de energia.
Perspectivas delineadas no PDE 2031 são de investimento massivo nos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis líquidos: R$ 2,72 trilhões, quase 85% do total. As previsão para os setores de geração (centralizada e distribuída) e de sistemas de transmissão somam R$ 528 bilhões.
O cenário, conforme o novo lano decenal, deve ser de recuperação da economia nacional e de manutenção de elevado nível de entrada de fontes renováveis nas matrizes energética e elétrica brasileiras.
A projeção apresentada para a evolução da matriz de eletricidade é de continuidade do encolhimento na fonte hidráulica e crescimento das renováveis (ainda que relativamente tímido). Até 2031, a expectativa é de que as hidrelétricas caiam da fatia atual de 62% para 53% da matriz de geração para fornecimento de energia elétrica. Ainda na evolução prevista, a fonte solar dobra de tamanho, indo de 1% para 2%, e a eólica cresce de 10% para 12%.
A previsão quando se trata de capacidade instalada total é de acréscimo de 37% (ou 3,2% ao ano), com mais 75 GW adicionados até 2031. Os crescimentos mais significativos são de geração distribuída, solar, nuclear e gás natural, com destaque para a GD e um avanço em capacidade instalada de 362,5% na década. As demais citadas, respectivamente devem ter avanços de 134,5%, 120,9% e 104,9%.
Para o sistema de transmissão de energia no país, o PDE estima a construção de 33,6 mil quilômetros adicionais de linhas de transmissão, atingindo um total de 208,9 mil km em 2031, 19% a mais do que a extensão atual.