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O relator do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), não incluiu no texto aprovado pelo Congresso a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia que mais empregam no país. No início deste mês, o Senado aprovou a prorrogação até o fim de 2023 da medida, que estava prevista para acabar em 31 de dezembro deste ano. No entanto, é preciso que o programa conste no Orçamento para ter efeito prático.
Além disso, é necessária a previsão orçamentária para que o presidente Jair Bolsonaro sancione o projeto. A falta da desoneração da folha no texto aprovado causou surpresa na equipe econômica. Pois o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a mandar um pedido formal ao relator para garantir a inclusão da medida. O ministério reservou cerca de R$ 5 bilhões do espaço criado pela PEC dos precatórios para a desoneração da folha.
Nesta semana, Guedes interrompeu suas férias para tentar ajustar a proposta orçamentária, segundo O Globo. O programa é considerado essencial para a manutenção de 6 milhões de empregos e para a retomada econômica. A pasta também solicitou a inclusão da isenção de IPI cobrado sobre taxistas e pessoas com deficiência, que também vence no dia 31 de dezembro. Porém, tanto a isenção quanto a redução do IPI não foram incluídos no Orçamento.