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Para destravar o projeto que prevê a privatização da Eletrobras – parado há nove meses na gaveta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo mudou de estratégia. A ideia agora é que o texto seja votado primeiro no Senado e que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), ex-ministro de Minas e Energia no segundo mandato do governo de Dilma Rousseff (PT), seja o relator. A estratégia foi fechada na segunda-feira (24) à noite, após reunião entre Braga e os ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). Falta apenas o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com quem Braga ainda vai conversar. O governo também sinalizou que está disposto a ceder e concordar com os parlamentares em incluir uma golden share no projeto. A golden share é uma ação de classe especial que daria poder de veto à União em questões estratégicas da empresa, mesmo depois de privatizada. A criação de um fundo para garantir a manutenção de tarifas baixas para a população da região Norte também está em cogitação. A previsão do governo é levantar R$ 16 bilhões com a privatização da Eletrobras em 2021.