O presidente Jair Bolsonaro disse na segunda-feira (8) que a proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que trata das novas parcelas do auxílio emergencial, pode ser "fatiada" para preservar forças de segurança de medidas de ajuste fiscal previstas no texto. Na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse ainda que a decisão deve ser tomada para evitar que o projeto seja rejeitado ou tenha que voltar ao Senado.
"A PEC ideal é aquela que vai ser aprovada pela Câmara. E tinha problemas ali na Câmara. Eu sou presidente, não devo interferir. Mas conversei com o relator, com o Arthur Lira... A bancada da segurança, que tem mais ou menos 50 parlamentares, queria mudanças. Da minha parte, falei com o relator que ele poderia correr o risco de não conseguir aprovar se não mexesse em três artigos", disse, ao apontar que os trechos do relatório do deputado Daniel Freitas (PSL-SC).
Ao menos três artigos, segundo o presidente, fariam parte de uma nova proposta. "Vale lembrar que essas emendas supressivas não voltam ao Senado. Essas três ficam de fora, e pode ser criada uma PEC paralela e tramitar normalmente como outra PEC qualquer", afirmou.