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O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quarta-feira (10) a manutenção dos gatilhos fiscais da PEC Emergencial para todas as categorias de servidores, incluindo os profissionais da segurança pública. A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara, por 341 votos a favor e 121 contra, e será apreciada em segundo turno nesta quarta. O texto desagradou policiais que esperavam que o governo cumprisse a promessa de deixá-los fora do ajuste fiscal.
Para Mourão, nesse momento de dificuldade fiscal, não pode existir "tratamento desigual" e "todos têm que dar sua cota de sacrifício".
"Não resta dúvida que o segmento da segurança pública é extremamente importante porque provê uma das necessidades básicas da população", disse, ao chegar ao Palácio do Planalto. "Mas da mesma forma que a gente reclama que não pode haver tratamento desigual, então as pessoas têm que compreender a situação fiscal que o governo se encontra - não só o federal, mas os dos estados e municípios - e que é um momento de crise que requer medidas em que todos têm que dar a sua cota de sacrifício", completou.
O sinal verde para liberar policiais das restrições veio depois do presidente Jair Bolsonaro ter endossado uma tentativa de fatiar a PEC para deixar de fora parte das medidas mais duras - o que não se concretizou. A categoria considerou que houve "traição" por parte do presidente e ameaça fazer paralisação.