A União dos Policiais do Brasil (UPB), formada por 24 entidades da classe, contestou nesta quarta-feira (10) a inclusão da classe nas medidas de contenção de gastos da PEC Emergencial aprovada em primeiro turno na Câmara. A PEC, apoiada pelo governo federal, prevê um gatilho para seja feito o congelamento de salário e proibição de progressão na carreira e novas contratações enquanto o estado de calamidade estiver em vigência ou quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes alcançar 95%. A classe afirma que não há renegociação salarial há 16 anos.
"A narrativa do governo de aumento real de salário do servidor público durante esses anos soa como piada, como uma ofensa para nós", disse Edvandir Paiva, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Paiva disse que "policiais que acreditaram tanto que seriam finalmente creditados pelo governo Bolsonaro estão desmotivados".
Os membros da UFP chegaram a falar em "traição" por parte do presidente Jair Bolsonaro após a categoria não ser retirada da PEC Emergencial. Nesta quarta, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que "todos têm que dar sua cota de sacrifício" ao comentar sobre a PEC.