“Eu solicitarei à presidência da Caixa que me forneça todas as imagens, de todas as câmeras, da presidência, dos corredores, elevadores, garagens. Esse acervo todo eu quero ver exposto”, afirmou Pedro Guimarães.| Foto: José Dias/PR.
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O ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, voltou a se defender das acusações de assédio sexual que culminaram com sua saída do banco. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, o executivo cobrou a apresentação de provas, afirmou que ele e sua família estão sofrendo um massacre insano e inquisitorial e declarou que quer sofrer “a mais profunda devassa” a que uma pessoa pode ser submetida para provar sua inocência.

“Poucas coisas podem ser piores do que a situação em que uma vida inteira de correção e honestidade se vê tomada pela sombra de acusações baseadas apenas na palavra de alguns. No direito criminal, até mesmo a versão de um delator não vale nada se não vier acompanhada de provas materiais que a convalidem. Pois eu estarei agora na linha de frente para travar o bom combate, a luta pela verdade”, afirmou Guimarães.

No texto, ele garante que irá acionar os hotéis onde esteve enquanto presidente da Caixa para solicitar as gravações das câmeras de monitoramento durante o período de hospedagem. “Será que um assediador serial pediria ou permitiria a divulgação de conteúdos como esse? Claro que não. Pelo simples motivo de que o que se falou contra mim não é o que as provas demonstrarão”, declarou.

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“Eu solicitarei à presidência da Caixa que me forneça todas as imagens, de todas as câmeras, da presidência, dos corredores, elevadores, garagens. Esse acervo todo eu quero ver exposto! E quero ver se há em todas essas horas um segundo sequer de comportamento impróprio, um ato atentatório contra uma única mulher. Se não houver, o que dizer?”, questionou.

O executivo afirmou ainda que irá submeter todos os seus e-mails à uma perícia independente para provar que durante os anos em que permaneceu no banco não houve qualquer registro de irregularidade. “Suponhamos que não haja um registro sequer de irregularidade. Que assediador serial é esse que, durante quase quatro anos, não digitou nada, não recebeu mensagem alguma de suas vítimas, não mandou nem recebeu áudio de assédio algum? Ou será que tudo não passou do que é: nada!”

“Sou eu o maior interessado em que tudo venha à tona. Conclamo os agentes e as agentes da difamação: mostrem tudo! Porque, de minha parte, minha luta agora é colecionar todas as provas possíveis para expor esta farsa. Que nada fique na sombra. Que tudo venha a lume. E então veremos onde a verdade está”, conclui Pedro Guimarães em seu texto de defesa.