A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), não está tomando medidas legais contra quaisquer de seus países membros em função de dívidas ou déficits orçamentários elevados. É a primeira vez que isso acontece desde 2002. A comissão tem procurado, inclusive, incentivar os países do bloco a ampliar gastos para ajudar a economia. Nesta quarta-feira (20), a comissão informou que oito países devem ficar aquém das metas de atingir um déficit orçamentário abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e dívida em torno de 60% do PIB. O grupo inclui Espanha, França, Bélgica e Itália, países que não aproveitaram suficientemente os tempos de prosperidade econômica para ajustar suas finanças públicas, segundo avaliação da comissão. Apesar disso, a comissão não está agindo legalmente para obrigá-los a controlar suas finanças. Com a desaceleração da economia da zona do euro, especialistas dizem que os governos precisam aumentar investimentos. De fato, nos últimos meses, o Banco Central Europeu (BCE) vem defendendo a ampliação de estímulos fiscais. Prova disso é que a comissão também encorajou países com finanças em ordem, particularmente Alemanha e Holanda, a gastar mais.
De olho no aumento de investimentos