Ouça este conteúdo
O total de perdas contabilizadas em 2020 pelo turismo, serviços, segmento de veículos e varejo não essencial no Brasil foi de cerca de R$ 225,7 bilhões, aponta levantamento produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O montante registrado é maior do que tudo o que países como a Sérvia (R$ 222 bilhões) e a Tunísia (R$ 214 bilhões) produzem em um intervalo de um ano.
De acordo com a pesquisa, apesar da retomada das atividades econômicas, muitos dos segmentos não devem se recuperar neste ano. A expectativa é que o varejo essencial experimente uma retração de 1%, e que o turismo ainda acabe 2021 no vermelho, com queda de 5% de receitas depois de uma variação expressiva para baixo em 2020, que beirou os 40%.
O turismo brasileiro perdeu R$ 52,1 bilhões em faturamento em 2020 em comparação a 2019, considerando a correção da inflação acumulada no período. O resultado foi um dos piores da história do setor. As vendas de veículos também caíram e apresentaram um prejuízo de R$ 41,2 bilhões (queda de 11,5% na comparação com 2019). Já o varejo não essencial, como lojas de roupas, por exemplo, fechou 2020 com um rombo de R$ 32 bilhões em comparação ao ano anterior representando a perda de um décimo do seu tamanho (-10,3%).