Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo e terá ao todo 11 plataformas.| Foto: Agência Petrobras
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A Petrobras anunciou nesta terça-feira (4) que assinou contrato com a empresa Sembcorp Marine Rigs & Floaters para a construção de mais uma plataforma no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Recentemente a petroleira brasileira anunciou a construção de outras duas plataformas na mesma região, a P-80 e a P-83.

De acordo com a Petrobras, a estrutura será do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), sendo uma das maiores a operar na indústria de petróleo e gás mundial, com capacidade de produzir até 225 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 12 milhões de m³ de gás/dia – além de armazenar mais de 1,6 milhão de barris. Atualmente a plataforma que mais produz petróleo no Brasil é a FPSO Carioca, com média de 173 mil barris/dia em julho. E a maior produtora de gás natural é a P-77, com média de 6,7 milhões de metros cúbicos diários em julho, conforme a ANP.

Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo e terá ao todo 11 plataformas. Atualmente quatro unidades já estão em operação (P-74, P-75, P-76 e P-77), outras quatro estão em processo de construção (FPSO Almirante Barroso, FPSO Almirante Tamandaré, P-78 e P-79). A P-82 será a décima plataforma a ser instalada em Búzios e está programada para entrar em operação em 2026. A Petrobras é a operadora do campo de Búzios com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.

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Nova geração de plataformas

A P-82 será a 29ª unidade a entrar em produção no pré-sal e integra a nova geração de plataformas da Petrobras, que se caracterizam pela alta capacidade de produção e pelas tecnologias inovadoras de baixo carbono. A unidade irá incorporar, por exemplo, a chamada tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás, de forma segura e sustentável, e impede que ele seja queimado para a atmosfera. Outra inovação será o sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos desse composto.

A plataforma será equipada ainda com a tecnologia de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 - o chamado CCUS. A Petrobras é pioneira na utilização dessa tecnologia, que permite aliar aumento da produtividade com redução de emissões de carbono.

Outra nova tecnologia é a chamada “digital twins” –ou gêmeos digitais– que consiste na reprodução virtual da plataforma, para viabilizar simulações e testes remotos, antes da entrada da plataforma em operação, fator que visa garantir a segurança e a confiabilidade operacional.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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