A Petrobras estuda a possibilidade de entrar na geração de energia eólica offshore como alternativa para a atuação da companhia no longo prazo. A informação foi revelada pelo presidente da Petrobras, José Ferreira Coelho, durante evento sobre o mercado de carbono nesta quarta-feira (18). A produção do tipo é caracterizada pela instalação das turbinas de geração de energia através do vento em alto-mar e teve avanços em sua regulação a partir de decreto publicado em fevereiro pelo governo federal.
Segundo Coelho, a modalidade pode ser boa oportunidade para a Petrobras, uma vez que ela "traz sinergias importantes com a competência e liderança da Petrobras em águas profundas e ultraprofundas". O presidente da companhia revelou ainda que existe uma carta de intenções firmada desde 2018 para colaboração em um projeto da norueguesa Equinor na Bacia de Campos. O parque eólico em questão fica a 20 quilômetros da costa e deve ter capacidade de geração de 4 gigawatts.
Na avaliação do Ministério de Minas e Energia, o desenvolvimento da fonte no Brasil é “compatível com as transformações pelas quais o setor elétrico brasileiro vem passando nos últimos anos, especialmente em função da evolução da matriz elétrica”. Dados do início do ano apontavam mais de 40 GW em projetos de eólicas offshore pendentes de análise do Ibama e que poderiam ser beneficiados pelo reforço de segurança jurídica em virtude do decreto.