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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não identificou, durante as análises de operações apontadas como suspeitas envolvendo contratos de opções de venda de ações da Petrobras, o ganho de R$ 18 milhões. As transações estão sendo investigadas pelo regulador após levantada a possibilidade de uso de informação privilegiada (insider trading).
Crime no Brasil desde 2001, o insider trading é o uso de uma informação relevante ainda desconhecida do mercado na negociação de papéis, com o objetivo de obter lucro ou evitar uma perda. Segundo a autarquia, a operação "não foi levada ao vencimento" e "as informações divulgadas em relação ao resultado financeiro da operação não foram detectadas".
O contrato de opção em questão foi adquirido na quinta (18) antes de o presidente Jair Bolsonaro falar em sua live semanal sobre a possibilidade de mudanças na Petrobras. A transação, que vem sendo investigada desde o início do mês, foi apontada como um possível caso de uso de informação privilegiada não divulgada ao mercado.
A autarquia reafirmou que estão em andamento análises para a identificação de todas as operações com indícios de uso de informação privilegiada envolvendo ativos e derivativos relacionados à Petrobras nos dias 18 e 19 de fevereiro.