A Petrobras ressaltou que o abastecimento nacional de diesel “requer atenção especial” diante da “situação desafiadora” que o mercado global enfrenta.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
Ouça este conteúdo

A Petrobras divulgou na noite desta quarta-feira (8) um comunicado à imprensa defendendo a “prática de preços competitivos” para a “garantia do abastecimento doméstico”. Segundo a nota, “preços alinhados ao valor de mercado” estimulam a produção e contribuem para a “expansão do volume produzido”.

“Por outro lado, preços abaixo do mercado inviabilizam economicamente as importações necessárias para complemento da oferta nacional. Exemplos recentes de desalinhamento aos preços de mercado já se traduzem em problemas de abastecimento em países vizinhos ao Brasil”, apontou a companhia.

A Petrobras ressaltou que o abastecimento nacional de diesel "requer atenção especial" diante da “situação desafiadora” que o mercado global de energia enfrenta atualmente. A estatal afirmou que existe a possibilidade de o mercado global de óleo diesel ficar mais pressionado nos próximos meses devido ao aumento sazonal da demanda mundial no segundo semestre; a menor disponibilidade de exportações russas; e eventuais indisponibilidades de refinarias nos Estados Unidos e Caribe com a temporada de furacões de junho a novembro.

Publicidade

“Sem a prática de preços de mercado, não há estímulo para o atendimento ao mercado brasileiro pelos diversos agentes do setor. Dessa forma, a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes”, sinalizou a companhia.

A empresa reforçou a necessidade de preços competitivos no mercado nacional para manter a normalidade do abastecimento, tendo em vista o histórico de aumento de consumo de diesel no segundo semestre devido às sazonalidades das atividades agrícola e industrial. “Como o país é estruturalmente deficitário em óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda total em 2021, poderá haver maior impacto nos preços e no suprimento”, ressalta o comunicado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]