Edifício sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro: empresa aprimorou a governança e investiu em compliance após o escândalo de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A Petrobras informou nesta quinta-feira (27) que a corte da Holanda decidiu prosseguir com ação coletiva contra a empresa. Segundo a estatal, na quarta (26), foram decididas pela Corte Distrital de Roterdã algumas questões relativas à admissibilidade da ação coletiva proposta em 2017 pela Stichting Petrobras Compensation Foundation (Fundação), na Holanda, em face da companhia e de outros réus.

Com base nos fatos revelados pela Operação Lava Jato, a Fundação busca que a Corte declare que os réus agiram de maneira ilegal perante os investidores.

"Nessa ação, a Fundação não pode pleitear o pagamento de indenizações a investidores. A eventual indenização pelos danos alegados somente poderá ser determinada por decisões judiciais em ações posteriores", afirma em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Petrobras esclarece que a fase de mérito da ação ainda não foi iniciada.

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A Corte decidiu que a ação coletiva deve prosseguir e que a cláusula de arbitragem do Estatuto Social da Petrobras não impede que acionistas da companhia tenham acesso ao Poder Judiciário holandês e sejam representados pela Fundação. Não obstante, informa, estão excluídos da ação os investidores que já tenham iniciado arbitragem contra a Petrobras ou que sejam partes em processos judiciais nos quais tenha sido reconhecida de forma definitiva a aplicabilidade da cláusula de arbitragem.

Segundo a estatal, como a decisão trata de questões processuais, em regra, não está sujeita a recurso nessa fase do processo, salvo mediante autorização judicial. A ação coletiva prosseguirá para a fase de discussão das questões de mérito. A Petrobras nega todas as alegações apresentadas pela Fundação.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]