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Petrobras não pode fazer política partidária, diz Silva e Luna

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, foi demitido por Bolsonaro nesta segunda-feira (28). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta terça-feira (29) que a estatal, por lei, não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e "menos ainda" política partidária. Silva Luna está de saída do cargo, após ter sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (28).

"Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Pode fazer política partidária? Menos ainda", disse em um seminário no Superior Tribunal Militar (STM). Silva e Luna ressaltou em seu discurso que o Brasil "não pode correr riscos de tabelar preços de combustíveis".

"Empresas que tabelaram combustíveis tiveram perda de capacidade de investimento… Essa dívida monstra da Petrobras foi de tabelamento de preço", afirmou. Ele disse que a Petrobras ainda tem dificuldade de explicar para a sociedade que precisa operar como uma empresa privada, pois compete com outras petroleiras no mercado interno e internacional.

Silva e Luna assumiu a presidência da estatal em abril do ano passado, no lugar de Roberto Castello Branco, também demitido em razão do aumento nos preços dos combustíveis. O governo indicou o economista Adriano Pires para substituir o general. Ele afirmou que as decisões na companhia não são monocráticas e que a Petrobras conta com 21 órgãos fiscalizadores. "Decisões tomadas são coletivas, não há lugar para aventureiros", disse.

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