Prates conflito interesses Petrobras
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.| Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira (23) que a estatal pode diminuir o preço da gasolina. "Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. É mercado nacional que é composto de produto aqui e produto importado. É preço de mercado brasileiro", disse Prates.

"Sempre que a gente puder vender mais barato para o consumidor brasileiro, a gente vai fazê-lo", disse Prates, informou a Agência Brasil. "Temos uma equipe que trabalha nisso. Então, não posso anunciar, senão já estaria anunciando agora uma redução", acrescentou ao ser perguntado se a empresa deve baixar o preço da gasolina este mês.

Após participar do lançamento do “Caderno FGV Energia de Gás Natural'', Prates destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma”.

“Não aceito o dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional com o preço de mercado de acordo com o nosso cliente. [A] cliente bom você dá desconto. É a política de empresa”, explicou.

Prates acrescentou que o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional. "Não quer dizer que eu tenho que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. Não quer dizer que eu vá me afastar, me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, eu tenho que corresponder para o consumidor final", pontuou.

"Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar", ressaltou. Durante o evento, o presidente da Petrobras afirmou que a companhia vai investir na infraestrutura para transporte, escoamento e distribuição do gás natural, que ele apontou como entraves para o mercado do gás.