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A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 1,54 bilhões no terceiro trimestre deste ano. De julho a setembro, o preço do petróleo no mercado internacional e a produção da petrolífera estatal subiram. O consumo interno também deu sinais de recuperação e, cada vez mais, as refinarias brasileiras são acionadas para produzir derivados, como gasolina e óleo diesel, e substituir importações. Despesas financeiras inesperadas, que não acontecem com frequência, no entanto, não ajudaram, o que levou a petrolífera estatal a fechar o terceiro trimestre consecutivo do ano com resultado negativo.
A perda bilionária do período, porém, é 43% menor do que a do trimestre anterior, de R$ 2,7 bilhões. No período de abril a junho, suas contas tinham sido fortemente afetadas pelas quedas bruscas da cotação da commodity e da demanda por combustíveis, por conta da pandemia de covid-19. Essas dificuldades já não pesam tanto no caixa da companhia. O que prejudicou de fato dessa vez foi a adesão a programas de anistia tributária e um prêmio pago na recompra de títulos, o que custou R$ 4,7 bilhões. Não fosse isso, o lucro líquido teria sido de R$ 3,2 bilhões e a geração de caixa de R$ 37,3 bilhões.
Analistas de bancos e corretoras já esperavam pelo prejuízo. Segundo projeção do Estadão/Broadcast, que consultou quatro casas (Credit Suisse, XP Investimentos, Itaú BBA e Bradesco BBI) a perda seria de R$ 1,5 bilhão. Todos eles elogiaram, no entanto, os resultados operacionais divulgados previamente pela companhia. A avaliação é que a empresa vai bem, só falta a atividade econômica do País ajudar.