A Petrobras informou na última sexta (2) que preferiu adotar uma postura "mais cautelosa" em janeiro deste ano em relação aos reajustes dos preços de combustíveis, e que acelerou os aumentos de preço em fevereiro quando ficou convicta de que as cotações do petróleo subiriam de forma sustentada. Segundo a companhia, houve reajustes antes do anúncio da substituição do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna.
O comunicado da petroleira é uma resposta a afirmações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista ao UOL, Guedes disse que Castello Branco vinha "segurando" os reajustes de preços de combustíveis até saber que seria demitido, em fevereiro. "É claro que, quando soube que ia sair, (Castello Branco) começou a realinhar os preços com o mercado internacional para ajustar suas obrigações diante dos acionistas", afirmou o ministro.
A Petrobras diz ainda que desde o início do ano até a data da substituição do presidente da petroleira foram "aplicados quatro reajustes no preço da gasolina, três reajustes no preço do diesel e dois reajustes no GLP". Ainda segundo a estatal, a gasolina subiu 34,9%, o diesel 27,5%, e o GLP 11,3%.