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A Petrobras informou na tarde desta quinta-feira (18) que pretende recorrer da decisão do Ibama que negou o pedido da estatal de perfurar poço de petróleo no litoral do Amapá. A empresa aguardava apenas essa autorização para iniciar a perfuração de teste na bacia da Foz do Amazonas, a cerca de 175 quilômetros da costa amapaense.
"A Petrobras entende que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento e todos os recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização da Avaliação Pré-Operacional (simulado para testar os planos de resposta à emergência) foram feitos estritamente em atendimento a decisões e aprovações do Ibama", informou a estatal.
O documento técnico do Ibama apontou que o plano da Petrobras para a área não apresenta garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. Outro ponto destacado seriam lacunas quanto à previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.
Como a Gazeta do Povo mostrou, a disputa sobre a exploração na região amazônica tem sido motivo de uma queda de braço entre a ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Sobre o parecer do Ibama, a Petrobras informou que ainda não foi notificada.
"A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa e sustentável. Para suprir a demanda futura do Brasil por petróleo, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal", alegou a estatal.