A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quinta-feira (22) pelo arquivamento de um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Petrobras. O pedido foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após o portal Metrópoles divulgar mensagens do ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em um grupo privado de economistas no WhatsApp.
Segundo o conteúdo divulgado, Castello Branco disse ao ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que teria mensagens em seu antigo celular corporativo que poderiam incriminar Bolsonaro. O parecer foi encaminhado ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso. Para a PGR, Randolfe tenta “usar politicamente” o Judiciário.
O ex-presidente da estatal e Novaes foram ouvidos pela PGR. Na manifestação, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo afirma que “não há mínimo elemento a sustentar a existência de ilícito penal” do presidente.
“Questionados expressamente a respeito da prática de algum ilícito penal pelo Presidente da República, ambos negaram. Roberto Castello Branco, insista-se, afirmou categoricamente se tratar de uma ‘discussão de bar’, enquanto Rubem Novaes disse que nada foi apontado como fato criminoso do Presidente e que tudo se resumia ao que já estava na imprensa a respeito dos anseios de Jair Bolsonaro quanto a redução dos preços dos combustíveis, exclusivamente objetivando alcançar relevantes interesses sociais, repita-se, à redução dos preços dos combustíveis”, escreveu a vice-procuradora-geral.