A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) cresceu 2,9% em 2022, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta (15). A instituição diz que esse desempenho foi influenciado principalmente pelo setor de serviços, que contribuiu com mais de 80% do índice. (veja na íntegra)
Segundo a fundação, entre os principais serviços que impulsionaram a alta do PIB estão os de alojamento, alimentação, saúde e educação privadas e serviços prestados às famílias e às empresas.
“Esta atividade, que foi uma das que haviam apresentado as maiores perdas devido à necessidade de distanciamento social no período da pandemia, impulsionou o PIB de 2022 graças a normalização das atividades sociais e aos estímulos fiscais dados a economia”, explica Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
Por outro lado, a evolução do PIB sofreu uma desaceleração ao longo do ano e fechou o último trimestre com uma queda de 0,2%. Segundo a coordenadora, isso ocorreu por conta dos “patamares elevados de juros e de endividamento das famílias”.
A aquisição de bens duráveis pelas famílias, como automóveis e eletrônicos, entre outros, foi a mais atingida por dessa desaceleração. “Os altos níveis dos juros, de certa forma, inibem o consumo desses tipos de bens”, indica o relatório.