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Pilotos e comissários de voo reunidos em assembleia nesta quarta-feira (24) decidiram entrar em greve a partir da zero hora do dia 29 de novembro, por tempo indeterminado. Eles pressionam as companhias aéreas por um reajuste salarial de 15% que reponha perdas inflacionárias dos últimos dois anos – o INPC do período de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro de 2021 – em reconhecimento aos esforços dos trabalhadores que se adequaram, no ano passado, à crise financeira gerada pela pandemia do novo coronavírus.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) diz, em nota, que a categoria não parou de trabalhar desde o início da pandemia, "tendo enfrentado graves riscos de contaminação por Covid-19, e deu sua contribuição no combate à doença transportando vacinas, insumos e equipamentos". "Além disso, pilotos e comissários deram colaboração importante para a recuperação das empresas aéreas ao aceitar, de maneira correta, reduções salariais e remuneratórias que perduram até hoje”, afirma a SNA.
Agora, segundo o sindicato, o cenário é outro, já que as próprias empresas apontam em seus informes ao mercado um cenário de crescimento, com a desaceleração da Covid-19 e a retomada do turismo. O SNA informa também que, "em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo”, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço. Apesar da medida, a eventual paralisação pode prejudicar os voos de fim de ano, cuja demanda aumenta por causa das férias escolares e do período de festas.