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A possibilidade de paralisação mobilizada pelos caminhoneiros autônomos está descartada neste momento, diz o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim. "Não temos como apoiar nenhum movimento de paralisação neste momento. Não vamos ser irresponsáveis de usar uma pandemia como moeda de troca para nos beneficiarmos das nossas demandas", afirmou sobre rumores de uma eventual nova greve. Landim, conhecido como Chorão, foi um dos principais representantes da categoria na greve de maio de 2018. Ele pondera, contudo, que pode ocorrer uma paralisação de caminhoneiros em virtude da queda na procura por frete. "Se a indústria e o comércio não voltarem a funcionar, pode haver uma paralisação momentânea porque o transportador não irá sair, por exemplo, de Brasília a São Paulo, somente com carga de ida. Isso pode resultar em um desabastecimento até mesmo de alimentos e bebidas", explicou. A Abrava calcula que a demanda por frete rodoviário diminuiu cerca de 40% desde que os Estados impuseram medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. A maior parte das cargas transportadas no momento, segundo a associação, é de grãos.