Ouça este conteúdo
Ainda sob os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, as famílias brasileiras fizeram mais depósitos do que saques na caderneta de poupança no mês passado. Dados do Banco Central mostram que, em setembro, os depósitos líquidos somaram R$ 13,229 bilhões. Este é o maior volume para um mês de setembro, em valores nominais, em toda a série histórica do BC, iniciada em 1995. O mês de setembro também foi o sétimo consecutivo em que houve registro de depósitos líquidos. Esta corrida para a caderneta é justificada pela postura das famílias em relação à crise e pelas ações do governo para manter a renda da população. Os números de setembro mostram que os depósitos brutos na caderneta foram de R$ 294,015 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 280,787 bilhões. Com isso, chegou-se à captação líquida de R$ 13,229 bilhões. Considerando o rendimento de R$ 1,644 bilhão de setembro, o saldo total da poupança atingiu R$ 1,002 trilhão no mês passado. É a primeira vez na história que o saldo da caderneta supera, em valores nominais, a marca de R$ 1 trilhão.