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O Banco Central anunciou nesta segunda-feira (6) que os brasileiros sacaram R$ 33,63 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança em janeiro. A retirada líquida – saques menos depósitos – é a maior para todos os meses desde o início da série histórica, em 1995.
O recorde anterior foi registrado em agosto do ano passado, quando os correntistas sacaram R$ 22,02 bilhões a mais do que depositaram, informou a Agência Brasil.
Em 2022, a caderneta registrou fuga líquida (mais saques que depósitos) recorde de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação em razão dos aumentos da Selic, a taxa básica de juros, mas outras aplicações de renda fixa são mais atraentes que a poupança.
A retirada líquida em janeiro equivale a quase o total da diferença entre saques e depósitos em 2021. Naquele ano, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros.