O preço das passagens aéreas tiveram alta de 45,3% no terceiro trimestre de 2021, com valor médio da tarifa doméstica real de R$ 539,93, na comparação com o mesmo período de 2020. O valor representa um aumento real, ou seja, já com o desconto da inflação. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou no dia 1º de dezembro os dados e constatou que a tarifa registrada é a maior para um terceiro trimestre desde 2013, quando a média foi de R$ 533,29, valor também corrigido. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.
A demanda por transporte, medida em passageiros, quilômetros pagos transportados (RPK), aumentou 143,5%. A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves teve variação positiva de 4,9%, para 81,4% no trimestre. A companhia aérea Gol registrou o maior aumento na tarifa média no trimestre ante 2020, com alta de 54,2%, para R$ 534,72.
A Latam subiu 44,1% e registrou a menor tarifa do trimestre, R$ 476,06. A Azul teve alta de 37,2%, para R$ 598,96, menor tarifa na média entre as líderes. Em yield, ou seja, o valor médio por quilômetro pago pelo passageiro, o índice das empresas Azul, Gol e Latam aumentou, respectivamente, 42,6%, 79,2% e 48,4%.
Entre janeiro e setembro deste ano, 5,1% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100 e 42% abaixo de R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 são 2,2% do total. O aumento do valor do querosene de aviação é um dos pontos considerados sensíveis no aumento das tarifas. O combustível aumentou 71% entre janeiro e outubro, na comparação com 2020. O querosene de aviação corresponde a um terço das despesas do setor aéreo.