Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Interferência política

Presidente da Petrobras segurou preço até saber que seria demitido, diz Guedes

Roberto Castello Branco entrou na mira de Bolsonaro após sucessivos reajustes de preço dos combustíveis. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ouça este conteúdo

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, segurou o preço dos combustíveis até saber que seria demitido. Quando soube do desejo do presidente Jair Bolsonaro de demiti-lo, passou a alinhar os preços ao mercado internacional, a fim de “ajustar suas obrigações diante dos acionistas”. A declaração é do ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornalista Tales Faria, do portal Uol.

"No caso do Castello, ele, na verdade, vinha segurando aumentos no preço dos combustíveis. É claro que, quando soube que ia sair, começou a realinhar os preços com o mercado internacional para ajustar suas obrigações diante dos acionistas. Isso causa esse problema que estamos tendo agora. E só mostra o quanto essas estatais listadas nas bolsas de valores são um bicho estranho", disse Guedes, assumindo que houve interferência política na estatal. A política de preços da Petrobras é de paridade internacional de preços.

Bolsonaro pediu a demissão de Castello Branco em fevereiro justamente por insatisfação com a política de preços da estatal. Ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para o posto. A troca deve ser efetivada no próximo dia 12, quando está convocada uma Assembleia Geral de Acionistas para deliberar sobre o tema. A Petrobras é a principal estatal brasileira com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e de Nova York.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.