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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, segurou o preço dos combustíveis até saber que seria demitido. Quando soube do desejo do presidente Jair Bolsonaro de demiti-lo, passou a alinhar os preços ao mercado internacional, a fim de “ajustar suas obrigações diante dos acionistas”. A declaração é do ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornalista Tales Faria, do portal Uol.
"No caso do Castello, ele, na verdade, vinha segurando aumentos no preço dos combustíveis. É claro que, quando soube que ia sair, começou a realinhar os preços com o mercado internacional para ajustar suas obrigações diante dos acionistas. Isso causa esse problema que estamos tendo agora. E só mostra o quanto essas estatais listadas nas bolsas de valores são um bicho estranho", disse Guedes, assumindo que houve interferência política na estatal. A política de preços da Petrobras é de paridade internacional de preços.
Bolsonaro pediu a demissão de Castello Branco em fevereiro justamente por insatisfação com a política de preços da estatal. Ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para o posto. A troca deve ser efetivada no próximo dia 12, quando está convocada uma Assembleia Geral de Acionistas para deliberar sobre o tema. A Petrobras é a principal estatal brasileira com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e de Nova York.