No último ano, o clube de brasileiros milionários (em dólares) ganhou 42 mil integrantes, um incremento de 19% - de 217 mil a 259 mil pessoas. Os dados fazem parte do mapeamento global do Credit Suisse, publicado pelo Valor Econômico, que estima que em junho desse ano os ativos das famílias mais ricas somam U$ 3,5 trilhões, 312 bilhões a mais que no ano passado. O número de milionários pode chegar a 319 mil pessoas até 2024.
Apesar do aumento do número de ricos, o Brasil foi o único país entre os analisados em que as desigualdades aumentaram de 2016 a 2019. A pesquisa calcula que 1% da população detém 49% de toda a riqueza familiar do país. A proporção de brasileiros com patrimônio inferior a U$ 10 mil é a maior do mundo, com uma fatia de 70%, ante 58%. Os motivos das disparidades são a falta de acesso à educação de qualidade e elevada informalidade do mercado de trabalho.