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Dados do Ministério da Economia apontam que o gasto público com militares em 2020 cresceu além do projetado para o ano após a reestruturação de carreiras das Forças Armadas. Conforme reportagem de O Globo, o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) mostra que o montante dispendido com a folha da Defesa foi 17% maior do que o previsto. O impacto da reforma foi calculado, à época da aprovação, em R$ 4,7 bilhões para o primeiro ano de sua aplicação, mas chegou a R$ 5,5 bi, elevando o total de pagamentos aos militares a R$ 80,5 bilhões.
As mudanças na carreira dos militares foram aprovadas em 2019 e incluem adicionais de habilitação, um valor mensal destinado ao aperfeiçoamento e à realização de cursos (que na prática aumentam a remuneração) e acréscimo no valor da indenização paga ao militar que for transferido para a reserva. Ao jornal, o Ministério da Defesa afirmou que no longo prazo o aumento de gastos provocado pela reestruturação das carreiras será compensado por uma economia bilionária em decorrência de mudanças nas regras da reserva.
A estimativa da Defesa é de que o saldo seja positivo em R$ 33,7 bilhões em 20 anos, apesar de gastos extras projetados em R$ 217,66 bilhões pelo Ministério da Economia.
