O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo não enviou a reforma administrativa ao Congresso a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro. De acordo com Guedes, a ideia era encaminhar a proposta ao Legislativo depois da aprovação da reforma da Previdência. Mas, à época, Bolsonaro entendeu que não havia "ambiente político" para tanto. "O presidente entendeu que era melhor não enviar naquele momento", afirmou o ministro, mencionando os protestos que ocorreram em outros países da América do Sul, como Chile e Venezuela, como "sinais" de uma convulsão social. "O que dá o timing das reformas é a política", completou Guedes. O ministro deu as declarações em uma audiência pública da comissão mista da reforma tributária. Questionado sobre a demora em enviar a proposta do governo para alteração nos impostos do país, Guedes mencionou a crise do novo coronavírus como justificativa. "Seria uma insensibilidade social a gente estar pensando em reformas e deixando o povo brasileiro desassistido na pandemia", concluiu.
Reforma administrativa foi freada a pedido de Bolsonaro, diz Paulo Guedes
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