O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), admitiu retirar o fim dos pisos mínimos de gastos com saúde e educação do parecer. O objetivo é viabilizar a votação da medida na próxima quarta-feira (3). A PEC é uma condição do governo para retomar o auxílio emergencial neste ano.
A desvinculação de despesas carimbadas com saúde e educação na União, Estados e municípios causou uma enxurrada de críticas. Na sessão do Senado da última quinta-feira, a leitura do parecer foi adiada porque senadores se recusaram a discutir um "parecer fake", como foi apelidado.
Márcio Bittar argumentou que, sem os carimbos, os gestores públicos poderiam escolher onde aplicar os recursos de acordo com as prioridades. A ideia tem o aval da equipe econômica do governo. Para críticos, a desvinculação pode reduzir os investimentos com saúde educação em plena crise de covid-19. "Enterram a chance de mudar um sistema constitucional falido", reclamou Bittar à reportagem.