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O relator do projeto de reforma do Imposto de Renda (IR), senador Ângelo Coronel (PSD-BA), disse ao jornal “O Estado de S.Paulo” que pretende separar o reajuste na tabela do imposto da pessoa física (IRPF) do texto principal. A ideia é que a correção na faixa de isenção e de incidência de alíquotas seja votada antes do fim do ano para entrar em vigor em janeiro de 2022. Para isso, o item seria suprimido do projeto da reforma e incluído em proposição autônoma, que ainda teria de passar pelas duas Casas do Congresso Nacional.
O projeto de reforma do IR, aprovado pela Câmara dos Deputados no início de setembro, prevê uma série de mudanças, mas enfrenta resistência de empresários, principalmente em razão da volta da taxação de lucros e dividendos, e de estados e municípios, porque reduziria a arrecadação desses entes. A correção da tabela do IRPF é a parte que tem maior apoio dos parlamentares.
A proposta do governo, aprovada pelos deputados, é subir a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 mil para R$ 2,5 mil, o que, segundo a Receita Federal, deixaria mais 5,6 milhões de contribuintes livres do imposto. Em declarações recentes, Coronel já manifestou intenção de elevar o teto de isenção para R$ 5 mil e corrigir as demais faixas em 41%. Ele também já se disse contrário à tributação de lucros e dividendos e afirmou não ter pressa em entregar seu relatório.