Crise voltou a achatar salário dos trabalhadores brasileiros na parte debaixo da pirâmide| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

O salário médio de metade da massa trabalhadora mundial é de apenas 198 dólares e os 10% mais pobres precisariam trabalhar 300 anos para receber o que os 10% mais ricos ganham no contracheque em um ano. Os dados fazem parte de um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com sede em Genebra, divulgado nesta quinta-feira, 04/07.

Segundo a OIT, os 20% de assalariados na base da pirâmide – cerca de 650 milhões de pessoas – levam para casa menos de 1% dos rendimentos. O estudo, com dados de 189 países, mostra que a desigualdade salarial diminuiu ligeiramente desde 2004, graças à melhoria das condições de vida na China e na Índia. No Brasil, a participação dos 10% mais ricos no bolo total de salários diminuiu de 47,75% para 40,91% (de 2004 a 2016), mas com a crise voltou a subir em 2017, chegando a 41,36%.

No período entre 2004 e 2017, os rendimentos da classe média mundial (60% dos trabalhadores do meio da pirâmide) encolheram, de 44,8% do total para 43%.

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