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Apesar da inflação dar sinais de alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (28), por unanimidade, manter a Selic, a taxa básica de juros, em 2% ao ano. É a segunda vez que a Selic não sofre alteração, após nove cortes consecutivos. A taxa está no piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
A alta nos preços dos alimentos em setembro fez a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), disparar. No mês passado, a inflação somou 0,64%, o maior patamar para o mês desde 2003. No começo de outubro, o IPCA avançou para 0,94%, a maior taxa para o período em 25 anos.
No entanto, embora a inflação esteja crescendo nos últimos meses a previsão mais recente dos economistas dos bancos é de que o índice fechará o ano em 2,99% e em 3,10% no ano que vem. Com isso, a previsão é de que a inflação ficará abaixo da meta central de 4% em 2020 e em linha com os objetivos fixados para o ano que vem.