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Servidores públicos federais realizam nesta terça a primeira de três paralisações para tentar obter recomposição salarial. O movimento cobra aumento de até 28,15% nos salários e ganhou força após o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometer dinheiro para corrigir os vencimentos de policiais federais, Polícia Rodoviária Federal e funcionários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
O Ministério da Economia estima que para cada 1% de reajuste nos vencimentos do funcionalismo há um aumento de R$ 3 bilhões nas despesas. O Orçamento de 2022, aprovado em dezembro, prevê apenas R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais.
Os atos previstos para esta terça foram convocados pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne algumas das categorias com maiores salários, e recebeu o apoio do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que abrange um grupo mais amplo de servidores públicos e que têm menores salários.
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal de um empregado no setor público era de R$ 3.881, no trimestre móvel encerrado em outubro, enquanto de um na área privada era de R$ 2.133. A diferença é de quase 82%. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), nos 12 meses encerrados em outubro, apenas 19,4% dos reajustes concedidos nas negociações coletivas foram acima da inflação.