O Brasil tem mais de 14 mil obras paralisadas ou inacabadas, financiadas com recursos federais, segundo o TCU| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O setor da construção já apresenta 20 semestres consecutivos de queda, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. E mesmo com as tentativas para reativar o mercado imobiliário, as expectativas são de que o próximo trimestre traga mais um indício de recessão.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, desde o primeiro trimestre de 2014, a construção já encolheu 31% e retornou ao patamar de dez anos atrás. Desde o primeiro trimestre de 2017 até o primeiro trimestre de 2019, a atividade acumulou uma perda de 6,7%. Isso quer dizer que o setor teria de avançar 46,7% para retornar ao nível que estava antes da crise.

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, as últimas medidas da equipe econômica do governo para aumentar as transações imobiliárias dificilmente terão o resultado esperado para alavancar o setor. “Com a taxa de desemprego muito elevada e com o endividamento crescendo, as famílias não vão se endividar no longo prazo”, diz. Ele ainda questiona a medida de baixar juros, com risco de assumir o peso de uma inflação no futuro. “A retomada de obras federais que estão paralisadas é o caminho”, sugeriu.

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