O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta quinta-feira (1º) com representantes de centrais sindicais no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. O presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que o movimento sindical quer a repactuação de alguns temas trabalhistas, mas não defende a revogação da reforma trabalhista, nem a volta do imposto sindical, nos moldes em que era cobrado.
Segundo Patah, questões como homologação de demissões, negociação coletiva, trabalho intermitente e acordo entre empresários e trabalhadores sem participação dos sindicatos precisam ser revistas e debatidas pelo Congresso Nacional.
"No Brasil, temos um reforma que não gerou emprego, como estava se prevendo, e que tem uma série de inseguranças jurídicas ainda criadas. Queremos segurança jurídica, os empresários têm que ter tranquilidade, queremos empresas fortes, que tenham lucro, mas que distribuam isso por PLR [Participação nos Lucros e Resultados] ou participação, e que gere empregos", afirmou.
Ele ressaltou que o Parlamento será fundamental para construção da nova reforma sindical ou trabalhista adequada. Patah afirmou que é consenso entre os sindicalistas que não haja a volta do imposto sindical obrigatório, mas é preciso construir uma forma de custeio das entidades, além das mensalidades pagas por trabalhadores sindicalizados.
O presidente da UGT disse ainda que Lula reafirmou o compromisso de campanha de recompor o poder de compra da população, por meio do aumento real do salário. Com informações da Agência Brasil.