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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou nesta terça-feira (4) que 1.200 funcionários sem cargos comissionados ou previstos para substituição aderiram a mobilização por reajuste salarial. Segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, esses servidores se comprometeram a não assumir funções de comissão. O BC tem cerca de 3.500 funcionários na ativa. O movimento começou nesta segunda-feira (3) como forma de protesto contra a não inclusão do reajuste salarial dos servidores do órgão no Orçamento de 2022.
A peça orçamentária aprovada pelo Congresso no dia 21 de dezembro prevê reajuste salarial apenas a policiais federais, no valor total de R$ 1,7 bilhão. Ontem, cerca de mil funcionários assinaram a lista virtual interna para a entrega de cargos, 500 deles ocupam posições de chefia e 500 são substitutos. Eles tentam marcar uma conversa com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A entidade também está conversando com outros setores da autarquia para reforçar o número de participantes na mobilização e prevê divulgar um balanço com as adesões até o fim desta semana. "A ideia é falar [com Campos Neto] que não temos condições de administrar o BC com essa situação de reajuste só para a Polícia Federal e não para o BC", disse Faiad ao jornal O Estado de S. Paulo.
O sindicato decidiu ainda aderir às paralisações nacionais aprovadas pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). A primeira está marcada para o dia 18 de janeiro. Na Receita Federal, primeiro órgão a se manifestar contra o aumento salarial só para policiais, até esta segunda 1.237 auditores já haviam entregado os cargos, em um total de 7.500, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).