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O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse nesta quarta-feira (16) que o projeto de socorro aos estados vai trazer um alívio total de R$ 217 bilhões aos governos estaduais. O valor já havia sido antecipado mais cedo pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A proposta, aprovada ontem na Câmara e no Senado Federal, permite aos estados contratar novas operações de crédito, aderir ao Regime de Recuperação Fiscal para Estados endividados e perdão de penalidades por descumprimento do teto de gastos implementado após a renegociação de débitos feita em 2016.
Segundo o secretário, o espaço para novos empréstimos é de R$ 18 bilhões para estados com notas A e B na classificação de risco (10 estados) e de R$ 6,6 bilhões para os que têm nota C (14 estados). Hoje, os classificados como C não podem contratar empréstimos com garantia da União. A lei vai permitir esse aval, que assegura um financiamento mais barato, em troca de medidas de ajuste. Outros R$ 130 bilhões poderão deixar de ser pagos por estados que aderirem ao Regime de Recuperação Fiscal. O valor considera a adesão de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Estados que renegociaram a dívida em 2016, mas descumpriram a regra de teto de gastos para limitar o avanço das despesas, ficarão agora livre das penalidades, que custariam R$ 43,9 bilhões, segundo os números divulgados pela Economia. Waldery explicou que, dos 19 estados que aderiram ao acordo na época, 11 descumpriram o teto. O projeto ainda assegura um alívio de R$ 7,3 bilhões em pagamentos a organismos multilaterais. Outros R$ 9,7 bilhões serão concedidos por meio de outras renegociações de dívidas dispersas – uma delas vai beneficiar o estado de Goiás.