A Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota da Argentina de B- para SD- nesta quinta-feira (29). Segundo os critérios adotados pela agência de classificação de risco, isso significa que o país entrou em “calote seletivo”. A decisão vem um dia depois da proposta de renegociação da dívida bilionária. O governo de Mauricio Macri chegou a pedir ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma mudança dos vencimentos do empréstimo de US$ 57 bilhões, concedido no ano passado.
No comunicado enviado, a S&P citou entre os motivos que levaram ao corte da nota, a incapacidade do governo da Argentina de seguir pagando as dívidas de curto prazo com o setor privado. Para a agência, isso pode ser considerado "default". Outra razão mencionada é o fato de o governo estar buscando a aprovação do Congresso para estender o vencimento das dívidas, por meio de um projeto de lei que pede autorização para “reperfilamento”. O movimento, segundo critérios da S&P, sugere um risco alto de calote.