A taxa de desemprego no país caiu para 8,9% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi de 0,9 ponto percentual em comparação ao trimestre encerrado em maio, quando a taxa era de 9,8%. Em comparação ao mesmo período de 2021, a queda foi ainda maior, de 4,2 ponto percentual. Foi a sexta queda seguida da taxa de desemprego no país.
De acordo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a população desocupada chegou a 9,7 milhões de pessoas no país, atingindo o menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, quanto o percentual chegou a 8,7%. Já a quantidade de pessoas ocupadas foi de 99 milhões, alta 1,5% (mais 1,5 milhão) em comparação ao trimestre anterior e de 7,9% (mais 7,3 milhões) no ano, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Pelo segundo mês consecutivo, o rendimento real habitual cresceu 3,1% em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 2.713 em agosto. “'Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36 milhões, alta de 1,1% em comparação ao trimestre anterior e 9,4% na comparação anual.
Segundo o IBGE, três atividades influenciaram a queda do desemprego no Brasil no trimestre encerrado em agosto e mostraram aumento da ocupação no recorte: O setor de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas” subiu 3% em comparação com o trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho. Já “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” cresceu 2,9% (mais 488 mil pessoas) enquanto o grupo “Outros serviços” apresentou alta de 4,1% (211 mil pessoas).