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A geração de 2,273 milhões de postos de trabalho em um trimestre na passagem do período de maio a julho para o trimestre móvel de agosto a outubro, deu-se tanto no setor formal quanto no informal, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada nesta terça-feira (29) pelo IBGE. No entanto, o setor informal – o mais atingido pela crise causada pela Covid-19 – puxou o movimento, gerando 2,020 milhões de vagas.
No trimestre móvel até outubro, 32,714 milhões de brasileiros estavam em vagas tidas como informais, alta de 6,6% ante o trimestre móvel anterior. Com o aumento dessas ocupações, a taxa de informalidade ficou em 38,8% da população ocupada no trimestre móvel terminado em outubro, acima dos 37,4% do trimestre móvel anterior. "A informalidade mostra o retorno daquelas pessoas afastadas por conta da situação adversa que é a crise sanitária", afirma o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Na passagem do período de maio a julho para o trimestre móvel de agosto a outubro, houve aumento de 9% nas vagas de trabalho sem carteira assinada no setor privado, com 779 mil trabalhadores a mais nessa condição. Já o trabalho por conta própria, em sua maioria informal, registrou um aumento de 1,05 milhão de vagas no mesmo período.
No lado formal, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou em 29,769 milhões no terceiro trimestre. Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, houve alta de 1,3%, sinalizando para a geração de 384 mil postos formais em um trimestre.