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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (2) que o aumento do salário mínimo vai depender do corte de gastos. Tebet disse que quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinar o aumento, a pasta vai mostrar em quais áreas é possível fazer cortes para bancar o novo valor.
“Quando o presidente disser 'fechamos um acordo' [para reajustar o piso, seja no valor] de R$ 1.310, R$ 1.315, R$ 1.320, [e perguntar] 'de onde poderíamos cortar?', eu tenho por obrigação que apresentar o quadro e dizer onde cabe ou não [corte em verba] e onde é prioritário, para ele escolher [de onde sairá o dinheiro]", disse a ministra em entrevista ao portal UOL.
Neste ano, o piso do salário mínimo foi determinado em R$ 1.302. Durante a transição, a equipe do governo chegou a avaliar a possibilidade de subir o mínimo para R$ 1.320. Ainda não há previsão de um novo aumento. Tebet preferiu não especificar quais áreas podem sofrer cortes.
A ministra ressaltou que a decisão de cortar gastos para aumentar o salário mínimo vai depender da definição do governo sobre quais políticas públicas serão consideradas prioritárias. "Não estou dizendo que é difícil. Estou dizendo que não está no meu radar neste momento achar espaço fiscal, que estamos tendo uma série de outras demandas. Não vamos trabalhar com o hipotético, estamos trabalhando com a realidade", disse.