Acaba nesta quarta-feira (8) às 12 horas o prazo para que os trabalhadores possam utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para reservar ações da Eletrobras. Na quinta-feira (9) ocorre a definição do preço das ações, conforme a demanda dos investidores. A empresa reservou até R$ 6 bilhões para que trabalhadores comprem ações com recursos do FGTS. Caso a demanda supere esse valor, haverá um rateio proporcional entre os investidores e parte do saldo reservado pelo trabalhador na oferta pública será devolvida ao Fundo de Garantia.
A operação com FGTS não representa a compra efetiva das ações, que ocorrerá somente quando for realizado o leilão da companhia elétrica. O procedimento, no entanto, é necessário para confirmar o interesse pelas ações da estatal. Com a privatização, o governo federal quer reduzir a participação na Eletrobras de 72% para, no máximo, 45%.
O investimento tem prazo mínimo de um ano. Quem comprar as ações da Eletrobras com o FGTS terá de esperar pelo menos 12 meses para se desfazer dos papéis. Após a venda, o dinheiro voltará para a conta do FGTS e só poderá ser sacado nas regras atuais, como demissão sem justa causa, financiamentos de imóveis, doenças graves ou o saque aniversário.
Os interessados poderão utilizar até 50% do saldo da conta do Fundo de Garantia para reservar as ações da empresa, com valor mínimo de R$ 200. No caso de o empregado ter mais de uma conta no FGTS, poderá usar até 50% do saldo de cada uma. O pedido de reserva deverá ser feito diretamente nas páginas de bancos e de corretoras que mantêm Fundos Mútuos de Privatização ligados ao FGTS (FMP-FGTS).