Os transportadores autônomos da Baixada Santista decidiram, neste sábado (24), apoiar uma nova greve dos caminhoneiros convocada para este domingo (25). O aceno do grupo ao movimento traz peso significativo à greve, como explicou a Gazeta do Povo em reportagem.
Os grevistas criticam o governo federal, por não propor medidas que viabilizem a redução do preço do óleo diesel, e a Petrobras, por manter a política de preços. Além disso, reclamam da forma como foi aprovada a Medida Provisória (MP) 1.051, que cria e regulamenta o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e). Tal documento unifica cerca de 20 documentos exigidos para operações de transporte de carga.
"Nossa situação, do dia 1º de fevereiro para cá, não avançou em nada para o setor de transportes, além de multas, pedágios caros, licitações de pedágios, temos mais quinze praças para o Paraná e outros estados, e o combustível já subiu mais de 45%. Estamos pagando o pato. O caminhoneiro, onde chega, é desprezado", afirma Plínio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), em vídeo que circula nas redes sociais. Dias foi responsável por convocar a greve nacional.
"A partir de 25 de julho, vão encostar mais caminhoneiros a nível nacional. É lamentável termos que passar humilhação para podermos trabalhar. O pessoal que tá com a caneta na mão, seja no governo, STF, Petrobrás, não está tendo dó da categoria. Estamos com muito aumento de pneu, óleo de motor, lona de freio, eletricistas aumentando mão de obra. Ninguém aguenta mais", critica o presidente do CNTRC.