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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um imposto sobre transações para compensar a redução da tributação que as empresas pagam sobre os salários dos funcionários, a chamada desoneração da folha. "Queremos trocar o cruel pelo feioso. Você pagar sobre transações digitais, é feio, é horroroso. Mas tudo que se fala desse imposto se aplica à folha de salários, que é muito pior. O impacto da tributação sobre a folha é três vezes mais distorcivo", afirmou o ministro, em audiência pública na comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Guedes tem se esforçado para que o novo imposto sobre pagamentos não seja encarado apenas como uma recriação da antiga CPMF. "Se você fala que quer criar um novo imposto digital e o presidente da Câmara [Rodrigo Maia] diz que isso não será nem examinado pela Câmara, como eu posso mandar a reforma? Agora parece que está tudo calmo e esse imposto poderá ser examinado. Então poderemos começar a encaminhar o resto da reforma", frisou.