A quantidade de famílias com contas em atraso chegou a 24,3% em agosto, alta de 0,4 ponto percentual em relação aos 23,9% do mês de julho. O índice também é maior do que o registro de agosto de 2018, quando 23,8% das famílias estavam inadimplentes. O tempo médio de atraso para o pagamento é de 63,2 dias. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta sexta-feira (13).
O levantamento também trouxe informações a respeito de famílias endividadas, ou seja, aquelas que se envolvem em dívidas, mas têm a tendência de pagá-las sem comprometer a renda mensal. Nesse quesito, os índices mostraram o maior número em seis anos. O número de famílias que têm algum tipo de dívida foi de 64,8% em agosto. Um ano antes, 60,7% das famílias se encontravam nessa situação.
A economista da CNC, Marianne Hanson, chama a atenção para o fato de que os números vistos na inadimplência são muito mais altos do que os observados no endividamento. "Isso demonstra que a redução das taxas de juros ainda tem permitido, à maior parte das famílias, acomodar as dívidas no seu orçamento e pagar as contas em dia", diz.