Comércio e indústria de bens de consumo se preparam para uma retomada das vendas neste fim de ano. Estoques mais enxutos nas lojas e velocidade maior de produção nas fábricas são o termômetro de que este Natal deverá ser o melhor para o varejo desde 2013. Com isso, o próximo ano poderá começar com a atividade em ritmo mais acelerado.
Juros em queda, inflação baixa, maior oferta de crédito, recuperação do emprego, ainda que lentamente, e a liberação de recursos extras do FGTS são fatores que dão sustentação para o crescimento da produção e das vendas no último trimestre.
Além disso, o consumo, especialmente de itens de maior valor, que ficou represado por causa da crise, pode deslanchar com a conjuntura favorável. "Nos últimos cinco anos, ficamos só com a venda para reposição dos eletrodomésticos, mas a população cresceu e a demanda reprimida hoje é muito grande", afirma João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para América Latina, que é dona das marcas Brastemp e Consul, de lavadoras, fogões e geladeiras. Por conta desse cenário, o varejo espera que o faturamento real do Natal aumente neste ano 4,8% em relação a 2018, descontada a inflação.