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O volume de vendas de Natal no comércio varejista deve apresentar uma queda de 2,6%, descontada a inflação. Este será o segundo ano consecutivo de recuo nas vendas. A projeção foi divulgada nesta segunda-feira (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A principal data comemorativa do varejo brasileiro tem representado 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos.
A pesquisa indica que devem ser movimentados R$ 57,48 bilhões em faturamento, crescimento de 9,8% em relação a 2020, mas o desconto da inflação leva a um ajuste na comparação que indica queda de 2,6%. O levantamento considera a situação econômica do país como o empecilho para a melhora do cenário. A entidade projeta que hiper e supermercados serão os destaques em movimentação financeira no período, com 38,5% (R$22,11 bilhões) do volume total de vendas.
Em seguida, devem aparecer comércios de roupas, calçados e acessórios (35,3% do total ou R$ 20,28 bilhões) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,2% ou R$ 7,60 bilhões). A CNC aponta que presentear deve ficar mais caro neste Natal, com aumentos esperados em artigos de maquiagem (16,4%); aparelhos de TV, som e informática; joias e bijuterias (15%); e artigos de cama, mesa e banho (13,7%). Apenas os aparelhos telefônicos (-1,4%) estarão mais baratos do que no ano passado.
De acordo com a entidade, o cenário não estimula as contratações no período. Apesar da expectativa da criação de 89,4 mil vagas temporárias, contingente 31% maior do que as contratações para o atípico fim de ano de 2020, o número é inferior às 91,6 mil vagas criadas para a data em 2019. Além disso, a taxa de efetivação foi revisada de 12,2% para 4,9%. A pesquisa também mostrou que a cesta com os itens mais consumidos na ceia, com valores mensurados via Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), tendem a apresentar avanço médio de 13,4% nos 12 meses encerrados em novembro.